Caríssimos internautas,
Com a ideia de criação da Academia Estudantil de Letras do PHG - AEL, necessítamos de seu apoio para escolha de um nome, para tanto escolhemos aqui três opções para através de sua particiapção batizarmos nossa academia, seguem as biografias dos escritores para sua análise e escolha democrática. Depois de analisadas as biografias, vote na enquete ao lado.
1) Celestino Alves
Vida e obra
Nascido na Fazenda Namorados, município de Currais Novos, no interior do Rio Grande do Norte, era filho de Tomaz Alves dos Santos e de Francisca Maria de Jesus. Em suas obras, apresenta a vida do homem sertanejo e sua vivência com a seca, na luta pela sobrivivência nos sertões nordestinos, refletindo a vida que teve durante sua infância e adolescência.
Na versatilidade de sua produção, encontram-se vários gêneros escritos. São temas de ordem lírica, cultural, religiosa e social. Os temas religiosos são abundantes: homenagem aos santos, à fé em Jesus Cristo, à confiança em Deus. Nos temas socio-culturais, ele destacou a violência, o flagelo da seca, a vaquejada e o cangaço.
Celestino foi um homem que viveu intensamente sua região. Os problemas do Nordeste sempre o preocuparam. Acreditava que, para haver uma mudança no cenário de vida do nordestino, era preciso uma perspectiva na política, através de uma ação de solidariedade e de melhor distribuição de renda. De forma honrosa, manteve um bom casamento com a sua grande companheira Rosilda e soube criar seus 14 filhos, repassando todo o seu legado de grande homem que foi.
Sempre usou bom senso e objetividade quando do desempenho de suas funções na defesa dos mais "desamparados da sorte".
Sensível ao progresso, tinha uma larga visão em seus pronunciamentos e escritos. Naquela época, já defendia a Transposição do Rio São Francisco:
"No meu entender, não há tempo para pensar duas vezes, é mobilizar a maior quantidade de tratores que se possa, com firmas empreiteiras, da União, dos Estados, dos municípios e mesmo das propriedades da região, localizá-los nas imediações da Barragem de Sobradinho, no Rio São Francisco, marcar o rumo do alto Piranhas, na Paraíba, passando pelo Alto Pajeú, no Pernambuco, escavando o chão e levando água. À proporção que a água for entrando pelo sertão adentro, vai gerando riquezas e dando mão-de-obra, tirando o homem da emergência e levando-o ao trabalho produtivo". ("O Nordeste e as secas", Brasília, Gráfica do Senado Federal, 1983, p. 10)
Dentre as muitas atividades que assumiu, destacam-se:
presidente da Associação Estadual de Poetas Populares do Rio Grande do Norte (AEPP) em 1988
funcionário público, exercendo a função de Guarda Fiscal
funcionário federal (FOMENTO Ginásio Agrícola)
Novamente em Currais Novos, voltou a ser comerciante pois o emprego público não lhe oferecia tantas oportunidades. Era vendedor de redes e cobertores. Foi, durante oito anos, comentarista agrícola e econômico da Rádio Ouro Branco, atuando no programa "Domingo Total" e era uma dos âncoras mais bem sucedidos das vaquejadas que aconteciam na cidade por ocasião da Festa de Sant'Ana. Como vereador, apresentou inúmeros requerimentos visando a melhoria das condições de vida da população, na época com crescimento urbano muito elevado devido ao "auge" da economia mineradora do município. Escreveu quatro livros:
Incontáveis poemas desfilam em sua produção. Tendo produzido diversos folhetos, destacam-se as homenagens aos ícones, anônimos ou não, da identidade nacional. Destacam-se:
Zumbi, o rei dos Palmares - 1998
Produziu Literatura de Cordel, destacando- se pela maestria na criação de versos. A presença de vida em meio aos tempos de seca, a exemplo dos cactos, institui um clima de perseverança, contrastando com a melancolia crepuscular do ambiente hostil. No poema Seca, Celestino volta- se inicialmente para Deus, numa reflexão incontida, diante da tragédia causada pela falta de chuva. Apesar de estar em plena atividade, enfrentou problemas de saúde nos últimos dois anos de sua vida. Faleceu no dia 10 de dezembro de 1991, aos 62 anos de idade, de câncer. 2. Zila Mamede
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Biografia
Ainda
criança, por volta dos cinco, seis anos de idade, mudou-se para o
interior do
Rio Grande do Norte, mais precisamente para a
cidade de
Currais Novos, onde seu pai passou a ter uma
fábrica beneficiadora de
algodão. Durante os primeiros anos da
Segunda Guerra Mundial, Zila Mamede foi morar em
Natal,
capital do
estado, onde seu pai se encontrava desde o início da chegada dos americanos para organização da
base aérea de
Parnamirim, a qual serviria aos
aliados. Prima do Coronel Mendonça (José Jorge de
Mendonça) da aeronáutica, que continua vivo a morar no bairro do
Tirol.
Foi após concluir seus
estudos secundários que ela começou a ser ou não ser apresentada à
literatura, isso se deu por
obra de seu
padrinho de
batismo, o culto Francisco de Medeiros Dantas, enquanto ela passou algum
tempo com ele entre as capitais
João Pessoa e
Recife. Zila começou a escrever aos 21 anos, ao retornar a
Natal, após uma tentativa frustrada de ser
freira.
Zila Mamede morreu afogada em 1985, enquanto nadava na praia do meio, situada na costa litorânea um pouco antes do Forte dos Reis Magos, em Natal, como fazia quase diariamente.
[editar] Produção literária
3) Nísia Floresta
Biografia
Filha do
português Dionísio Gonçalves Pinto com uma brasileira, Antônia Clara Freire, foi batizada como Dionísia Gonçalves Pinto, mas ficou conhecida pelo pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta. Floresta, o nome do sítio (
fazenda) onde nasceu. Brasileira é o símbolo de seu ufanismo, uma necessidade de afirmativa para quem viveu quase três décadas na
Europa. Augusta é uma recordação de seu segundo marido, Manuel Augusto de Faria Rocha, com quem se casou em
1828, pai de sua filha Lívia Augusta.
Esteve no Brasil entre
1872 e
1875, em plena campanha
abolicionista liderada por
Joaquim Nabuco, mas quase nada se sabe sobre sua vida nesse período. Retorna para a Europa em
1875 e, três anos depois, publica seu último trabalho
Fragments d’un ouvrage inédit: Notes biographiques.
Nísia morreu de
pneumonia e foi enterrada no cemitério de
Bonsecours. Em agosto de
1954, quase setenta anos depois, os despojos foram transladados para o
Rio Grande do Norte e levados para sua localidade natal, Papari, que já se chamava
Nísia Floresta. Primeiramente foram depositados na igreja matriz, depois foram levados para um túmulo no sítio Floresta, onde ela nasceu.
O primeiro livro escrito por ela, e o primeiro no Brasil a tratar dos direitos das mulheres à instrução e ao trabalho intitula-se
Direitos das mulheres e injustiça dos homens, e foi inspirado no livro da feminista inglesa
Mary Wollstonecraft:
Vindications of the Rights of Woman. Mas Nísia não fez uma simples tradução, ela se utiliza do texto da inglesa e introduz suas próprias reflexões sobre a realidade brasileira.
Não é, portanto, o texto inglês que se conhece ao ler estes Direitos das mulheres e injustiça dos homens. Nesta tradução livre, temos talvez o texto fundante do feminismo brasileiro, se o vemos como uma nova escritura, ainda que inspirado na leitura de outro.
Foi esse livro que deu à autora o título de precursora do feminismo no Brasil e até mesmo da América Latina, pois não existem registros de textos anteriores realizados com estas intenções, mas ela não parou por ai, em outros livros ela continuará destacando a importância da educação feminina para a mulher e a sociedade. São eles: Conselhos a minha filha, de 1842; Opúsculo humanitário, de 1853; A Mulher, de
1859.
Em seu livro Patronos e Acadêmicos - referente às personalidades da Academia Norte-Riograndense de Letras, Veríssimo de Melo começa o capítulo sobre Nísia da seguinte maneira: “Nísia Floresta Brasileira Augusta foi a mais notável mulher que a História do Rio Grande do Norte registra”.
De fato, a
história e a obra de Nísia são de uma importância rara. “Infelizmente, a falta de divulgação da obra de Nísia tem sido responsável pelo enorme desconhecimento de sua vida singular e de seus livros considerados de grande valor”, diz Veríssimo.