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1) Celestino Alves
Celestino Alves (Currais Novos, 6 de abril de 1929 - 10 de dezembro de 1991) foi um poeta, escritor, compositor popular, comerciante, locutor de rádio e cordelista brasileiro.
Vida e obra
Nascido na Fazenda Namorados, município de Currais Novos, no interior do Rio Grande do Norte, era filho de Tomaz Alves dos Santos e de Francisca Maria de Jesus. Em suas obras, apresenta a vida do homem sertanejo e sua vivência com a seca, na luta pela sobrivivência nos sertões nordestinos, refletindo a vida que teve durante sua infância e adolescência.
Na versatilidade de sua produção, encontram-se vários gêneros escritos. São temas de ordem lírica, cultural, religiosa e social. Os temas religiosos são abundantes: homenagem aos santos, à fé em Jesus Cristo, à confiança em Deus. Nos temas socio-culturais, ele destacou a violência, o flagelo da seca, a vaquejada e o cangaço.
Celestino foi um homem que viveu intensamente sua região. Os problemas do Nordeste sempre o preocuparam. Acreditava que, para haver uma mudança no cenário de vida do nordestino, era preciso uma perspectiva na política, através de uma ação de solidariedade e de melhor distribuição de renda. De forma honrosa, manteve um bom casamento com a sua grande companheira Rosilda e soube criar seus 14 filhos, repassando todo o seu legado de grande homem que foi.
Sempre usou bom senso e objetividade quando do desempenho de suas funções na defesa dos mais "desamparados da sorte".
Sensível ao progresso, tinha uma larga visão em seus pronunciamentos e escritos. Naquela época, já defendia a Transposição do Rio São Francisco:
- "No meu entender, não há tempo para pensar duas vezes, é mobilizar a maior quantidade de tratores que se possa, com firmas empreiteiras, da União, dos Estados, dos municípios e mesmo das propriedades da região, localizá-los nas imediações da Barragem de Sobradinho, no Rio São Francisco, marcar o rumo do alto Piranhas, na Paraíba, passando pelo Alto Pajeú, no Pernambuco, escavando o chão e levando água. À proporção que a água for entrando pelo sertão adentro, vai gerando riquezas e dando mão-de-obra, tirando o homem da emergência e levando-o ao trabalho produtivo". ("O Nordeste e as secas", Brasília, Gráfica do Senado Federal, 1983, p. 10)
Seu espírito guerreiro e sua luta em favor dos mais pobres fizeram a diferença. Era um autodidata e grande pesquisador da cultura do sertanejo, a exemplo de Guimarães Rosa e de Antônio Francisco Teixeira de Melo.
Dentre as muitas atividades que assumiu, destacam-se:
- presidente da Associação Estadual de Poetas Populares do Rio Grande do Norte (AEPP) em 1988
- funcionário público, exercendo a função de Guarda Fiscal
- funcionário federal (FOMENTO Ginásio Agrícola)
- vereador da Câmara Municipal de Currais Novos
Novamente em Currais Novos, voltou a ser comerciante pois o emprego público não lhe oferecia tantas oportunidades. Era vendedor de redes e cobertores.
Foi, durante oito anos, comentarista agrícola e econômico da Rádio Ouro Branco, atuando no programa "Domingo Total" e era uma dos âncoras mais bem sucedidos das vaquejadas que aconteciam na cidade por ocasião da Festa de Sant'Ana.
Como vereador, apresentou inúmeros requerimentos visando a melhoria das condições de vida da população, na época com crescimento urbano muito elevado devido ao "auge" da economia mineradora do município.
Escreveu quatro livros:
- O Nordeste e as secas - 1983
- Vaqueiros e vaquejadas - 1986
Incontáveis poemas desfilam em sua produção. Tendo produzido diversos folhetos, destacam-se as homenagens aos ícones, anônimos ou não, da identidade nacional. Destacam-se:
Produziu Literatura de Cordel, destacando- se pela maestria na criação de versos. A presença de vida em meio aos tempos de seca, a exemplo dos cactos, institui um clima de perseverança, contrastando com a melancolia crepuscular do ambiente hostil. No poema Seca, Celestino volta- se inicialmente para Deus, numa reflexão incontida, diante da tragédia causada pela falta de chuva.
Na década de 1980, Celestino morou no Distrito Federal. Continuou com a sua obra em vigor, em destaque para a homenagem escrita em literatura de cordel ao jornalista Mário Eugênio, assassinado em 1984 por denunciar as barbáries causadas por integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal.
Apesar de estar em plena atividade, enfrentou problemas de saúde nos últimos dois anos de sua vida. Faleceu no dia 10 de dezembro de 1991, aos 62 anos de idade, de câncer.
Celestino Alves é pai da atual vereadora do município de Currais Novos, Maria Aparecida Alves Othon do Partido Trabalhista do Brasil, PTB, mais popularmente conhecida como Dadá do Hospital.
2. Zila Mamede
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Zila da Costa Mamede (1928-1985) foi uma importante poeta e bibliotecária brasileira. Apesar de ter nascido em Nova Palmeira, município do estado da Paraíba, ela viveu grande parte de sua vida e desenvolveu seu trabalho no Rio Grande do Norte.
Biografia
Zila Mamede nasceu em 1928 em Nova Palmeira, município fundado por seu avô e por seu padrinho de batismo, hoje município do estado brasileiro da Paraíba. Apesar de seu pai ser de Caicó e seu avô materno de Jardim do Seridó, ambas cidades do interior do Rio Grande do Norte, as duas famílias se juntaram na Paraíba, onde Zila viria a nascer.
Ainda criança, por volta dos cinco, seis anos de idade, mudou-se para o interior do Rio Grande do Norte, mais precisamente para a cidade de Currais Novos, onde seu pai passou a ter uma fábrica beneficiadora de algodão. Durante os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, Zila Mamede foi morar em Natal, capital do estado, onde seu pai se encontrava desde o início da chegada dos americanos para organização da base aérea de Parnamirim, a qual serviria aos aliados. Prima do Coronel Mendonça (José Jorge de Mendonça) da aeronáutica, que continua vivo a morar no bairro do Tirol.
Foi após concluir seus estudos secundários que ela começou a ser ou não ser apresentada à literatura, isso se deu por obra de seu padrinho de batismo, o culto Francisco de Medeiros Dantas, enquanto ela passou algum tempo com ele entre as capitais João Pessoa e Recife. Zila começou a escrever aos 21 anos, ao retornar a Natal, após uma tentativa frustrada de ser freira.
Entre 1955 e 1956, cursou biblioteconomia no Rio de Janeiro e fez ainda uma especialização nos Estados Unidos. Depois disso, voltou para Natal, onde reestruturou as duas maiores bibliotecas da cidade: a biblioteca central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que hoje tem seu nome, e a biblioteca pública estadual Câmara Cascudo. Ela publicou livros sobre o assunto, foi membro do Conselho Federal de Biblioteconomia, trabalhou no Instituto Nacional do Livro, em Brasília, e seu nome tornou-se referência.
Zila Mamede morreu afogada em 1985, enquanto nadava na praia do meio, situada na costa litorânea um pouco antes do Forte dos Reis Magos, em Natal, como fazia quase diariamente.
[editar] Produção literária
Zila escrevia com sutileza sobre seu dedão, suas paixões, mas abordava ainda temas relacionados ao sertão nordestino. Também era claro seu fascínio pelo mar, que ela havia conhecido em 1939, em uma viagem a Pernambuco. Suas principais obras: Rosa de pedra (1953); Salinas (1958); O arado (1959); Exercício da palavra (1975) e Corpo a corpo (1978).
Em 1978, foi publicado o livro Navegos, que reúne as cinco obras listadas acima. Zila Mamede contou, durante a produção de seus poemas, com o apoio e amizade de grandes nomes da literatura brasileira, como Carlos Drummond de Andrade, que a incluía entre suas preferências literárias, e de João Cabral de Melo Neto.
Manuel Bandeira considerou seu primeiro livro, Rosa de Pedra, de 1953, um dos melhores livros de versos brasileiros. Por Salinas, de 1958, Zila recebeu o prêmio Vânia Souto Carvalho, em Recife. Já O arado, de 1959, teve prefácio de Luís da Câmara Cascudo.
A escritora também se dedicou à pesquisa sobre as obras de João Cabral de Melo Neto e Câmara Cascudo.
3) Nísia Floresta
Nascimento | 12 de Outubro de 1810 Papari, RN |
Morte | 24 de abril de 1885 (74 anos) Ruão, França |
Nacionalidade | Brasileira |
Magnum opus | Direitos das mulheres e injustiça dos homens |
Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, (Papari, atual Nísia Floresta, 12 de outubro de 1810 — Ruão, França, 24 de abril de 1885) foi uma educadora, escritora e poetisa brasileira. É considerada uma pioneira do feminismo no Brasil e foi provavelmente a primeira mulher a romper os limites entre os espaços público e privado publicando textos em jornais, na época em que a imprensa nacional ainda engatinhava. Nísia também dirigiu um colégio para moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos.
Biografia
Filha do português Dionísio Gonçalves Pinto com uma brasileira, Antônia Clara Freire, foi batizada como Dionísia Gonçalves Pinto, mas ficou conhecida pelo pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta. Floresta, o nome do sítio (fazenda) onde nasceu. Brasileira é o símbolo de seu ufanismo, uma necessidade de afirmativa para quem viveu quase três décadas na Europa. Augusta é uma recordação de seu segundo marido, Manuel Augusto de Faria Rocha, com quem se casou em 1828, pai de sua filha Lívia Augusta.
Neste mesmo ano, o pai de Nísia havia sido assassinado no Recife, para onde a família havia se mudado. Em 1831, ela dá seus primeiros passos nas letras, publicando em um jornal pernambucano uma série de artigos sobre a condição feminina. Do Recife, já viúva, com a pequena Lívia e sua mãe, Nísia vai para o Rio Grande do Sul onde se instala e dirige um colégio para meninas. A Guerra dos Farrapos interrompe seus planos e Nísia resolve fixar-se no Rio de Janeiro, onde funda e dirige os colégios Brasil e Augusto, notáveis pelo alto nível de ensino.
Em 1849, por recomendação médica leva sua filha, gravemente acidentada, para a Europa. Foi em Paris que morou por mais tempo. Em 1853, publicou Opúsculo Humanitário, uma coleção de artigos sobre emancipação feminina, que foi merecedor de uma apreciação favorável de Auguste Comte, pai do positivismo.
Esteve no Brasil entre 1872 e 1875, em plena campanha abolicionista liderada por Joaquim Nabuco, mas quase nada se sabe sobre sua vida nesse período. Retorna para a Europa em 1875 e, três anos depois, publica seu último trabalho Fragments d’un ouvrage inédit: Notes biographiques.
Nísia morreu de pneumonia e foi enterrada no cemitério de Bonsecours. Em agosto de 1954, quase setenta anos depois, os despojos foram transladados para o Rio Grande do Norte e levados para sua localidade natal, Papari, que já se chamava Nísia Floresta. Primeiramente foram depositados na igreja matriz, depois foram levados para um túmulo no sítio Floresta, onde ela nasceu.
Sua mais completa biografia, Nísia Floresta - Vida e Obra, foi escrita por Constância Lima Duarte, em 1995. Um livro de 365 páginas, editado pela Editora Universitária (da Universidade Federal do Rio Grande do Norte) que, em 1991, havia sido apresentado como Tese de Douturamento em Literatura Brasileira da autora, na USP/SP.
[editar] Livros
O primeiro livro escrito por ela, e o primeiro no Brasil a tratar dos direitos das mulheres à instrução e ao trabalho intitula-se Direitos das mulheres e injustiça dos homens, e foi inspirado no livro da feminista inglesa Mary Wollstonecraft: Vindications of the Rights of Woman. Mas Nísia não fez uma simples tradução, ela se utiliza do texto da inglesa e introduz suas próprias reflexões sobre a realidade brasileira.
Não é, portanto, o texto inglês que se conhece ao ler estes Direitos das mulheres e injustiça dos homens. Nesta tradução livre, temos talvez o texto fundante do feminismo brasileiro, se o vemos como uma nova escritura, ainda que inspirado na leitura de outro.
Foi esse livro que deu à autora o título de precursora do feminismo no Brasil e até mesmo da América Latina, pois não existem registros de textos anteriores realizados com estas intenções, mas ela não parou por ai, em outros livros ela continuará destacando a importância da educação feminina para a mulher e a sociedade. São eles: Conselhos a minha filha, de 1842; Opúsculo humanitário, de 1853; A Mulher, de 1859.
Em seu livro Patronos e Acadêmicos - referente às personalidades da Academia Norte-Riograndense de Letras, Veríssimo de Melo começa o capítulo sobre Nísia da seguinte maneira: “Nísia Floresta Brasileira Augusta foi a mais notável mulher que a História do Rio Grande do Norte registra”.
De fato, a história e a obra de Nísia são de uma importância rara. “Infelizmente, a falta de divulgação da obra de Nísia tem sido responsável pelo enorme desconhecimento de sua vida singular e de seus livros considerados de grande valor”, diz Veríssimo.
Boa noite PHG!!! Excelente idéia!!! Tudo que vinher agregar estrátegias para a inclusão da leitura em nossas escolas é sempre importante... Alé da valorização de escritores da terrinha... Acho fantástico!!! Já registrei meu voto!!! Aproveitando quero divulgar meu blog http://lersaboreareliterar.blogspot.com Aguardo a visitinha de vcs lá!!! Bjo0osss
ResponderExcluirAndréia Cristyane - Esc.Mul´.Íris de Almeida - Parnamirim/RN
Professora Andréia, agradecemos a sua participação e na oportunidade, iremos ser seguidores do teu blog também, no mais um forte abraço e estamos nessa luta diária em prol de alternativas para oferecermos uma educação pública de qualidade...
ResponderExcluirJosias